Anorexia e Bulimia



Anorexia Nervosa

Ironicamente, em um mundo preocupado com o avanço da obesidade, algumas pessoas sofrem de um problema que as torna muito magras: a Anorexia Nervosa.
A Anorexia Nervosa é um distúrbio caracterizado por uma visão distorcida do próprio corpo. A pessoa se torna excessivamente magra, esquelética, mas ainda assim pensa que está gorda. Para evitar o ganho de peso ou para continuar perdendo peso, as pessoas afetadas pela anorexia podem tomar medidas drásticas, colocando a própria saúde em risco.
Não existem estatísticas precisas sobre quantas pessoas são afetadas pela Anorexia Nervosa. Os especialistas acreditam que algo entre 1% e 10% da população sofra com o distúrbio, especialmente meninas e mulheres jovens.
A Anorexia Nervosa pode ser um problema crônico e difícil de superar. Porém com o tratamento, as pessoas afetadas podem recuperar sua auto-estima e o peso perdido, evitando as várias – e graves – complicações desta doença.
Os sintomas da doença estão relacionados à busca incessante pelo baixo peso e à desnutrição causada por esta busca.
As manifestações da Anorexia nem sempre são fáceis de serem detectados. Muitas pessoas afetadas pelo problema conseguem passar muitos meses – ou até mesmo anos – sem que ninguém perceba o que está acontecendo. Por isso é importante reconhecer os principais sinais associados à doença, sendo capaz de identificar pessoas suspeitas ou em risco de desenvolver o problema.
Os principais sinais de Anorexia Nervosa incluem:
  • Aparência excessivamente magra, algumas vezes esquelética;
  • Anemia;
  • Cansaço fácil;
  • Vertigens;
  • Unhas opacas;
  • Cabelos fracos, finos, quebradiços;
  • Falta de menstruação;
  • Constipação intestinal;
  • Ressecamento da pele;
  • Baixa tolerância ao frio;
  • Batimentos cardíacos fora do ritmo;
  • Pressão arterial muito baixa;
  • Desidratação;
  • Osteoporose.
Algumas alterações emocionais e do comportamento que também costumam estar relacionadas à Anorexia Nervosa:
  • A pessoa se recusa a comer, nega que está com fome;
  • Passa a usar roupas folgadas (para disfarçar a própria magreza);
  • Se examina ao espelho e se pesa repetidas vezes, sempre demonstrando preocupação excessiva com o peso;
  • Algumas podem fazer exercícios em excesso;
  • Humor desanimado, não reage à alegria ou à tristeza;
  • Dificuldade de concentração;
  • Preocupação constante com a comida, adotando rituais estranhos nas refeições (p.ex.: corta a comida sempre em pedaços muito pequenos, cospe parte do que colocou na boca após mastigar, faz questão de pesar item por item do que colocou no prato, etc).
A Anorexia costuma se iniciar ainda na adolescência, mas também pode afetar crianças, pessoas na meia-idade ou além.
Ainda não se sabe exatamente o que leva algumas pessoas a desenvolver Anorexia. Assim como ocorre com outras doenças, é provável que exista uma combinação de vários fatores (psicológicos, biológicos e sócio-culturais).
Por exemplo: mulheres jovens com uma irmã ou mãe sofrendo distúrbios alimentares possuem um maior risco, sugerindo um possível fator genético para o problema.
Pessoas com Anorexia também possuem certas características emocionais e psicológicas que contribuem para o desenvolvimento da doença. Por exemplo: baixa auto-estima, personalidade obsessiva-compulsiva, distúrbios da ansiedade, perfeccionismo, etc.
Certas situações estão associadas a um risco maior para o desenvolvimento de Anorexia. As principais incluem:
  • Dieta: pessoas que estão perdendo peso são elogiadas pelos amigos sobre como estão ficando bem e parecendo mais jovens à medida que emagrecem. Em extremos, isto pode levar a pessoa a perder peso em excesso.
  • Ganho de peso: ao ganhar peso, a pessoa pode ser criticada ou ridicularizada. Como resposta, ela termina desencadeando um processo de Anorexia.
  • Puberdade: os adolescentes enfrentam muitas dificuldades adaptando-se a todas as mudanças que ocorrem neste período. A sensibilidade à flor da pele, as críticas e cobranças, o peso das novas responsabilidades e outros fatores de cunho emocional pode levar o adolescente à Anorexia Nervosa.
  • Mudanças: para uma nova escola, casa ou emprego, o término de uma relação amorosa, a morte ou a doença de um ente querido e outras situações podem causar estresse emocional e resultar em Anorexia.
  • Mídia: a televisão e as revistas de moda freqüentemente supervalorizam a magreza como uma forma de padrão estético. Infelizmente, é difícil determinar até que ponto a mídia reflete ou cria valores presentes na sociedade. Em todo caso, a exposição a estas imagens pode levar meninas e jovens mulheres a acreditar que, quanto mais magras, mais sucesso e popularidade terão.
A Anorexia pode ser fatal. A desnutrição progressiva coloca o individuo afetado à mercê de uma infinidade de doenças. Toda e qualquer pessoa com suspeita de Anorexia Nervosa deve ser levada para avaliação médica o quanto antes.
Havendo suspeita de Anorexia, o primeiro passo deverá ser a realização de uma bateria de testes e exames. Através deles, o médico irá procurar outras causas para o emagrecimento, ainda que mantendo a possibilidade de Anorexia Nervosa na pauta do dia.
A avaliação psicológica especializada também é bastante recomendável.
A Anorexia Nervosa possui um dos distúrbios mentais que mais causam mortes em todo o mundo. Cerca de 5% das pessoas afetadas terminam falecendo por complicações relacionadas à doença. A morte pode ocorrer subitamente, devido alterações nos batimentos cardíacos (Arritmias) ou desequilíbrios graves nas concentrações de sais minerais no corpo.
Outras complicações comuns e potencialmente fatais da Anorexia incluem:
  • Anemia
  • Prolapso de válvula mitral
  • Perda de massa óssea
  • Alterações pulmonares que lembram o enfisema
  • Diminuição na produção de vários hormônios
  • Problemas gastrintestinais
  • Problemas renais
  • Depressão
  • Distúrbio da Personalidade
  • Abuso de drogas
Se a pessoa Anoréxica atinge um ponto de desnutrição grave, todos os órgãos do corpo começam a sofrer, incluindo o cérebro. Nem sempre os danos causados aos órgãos nesta fase podem ser revertidos, mesmo com o tratamento da Anorexia.
O tratamento depende da avaliação do risco de morte. Pessoas muito desnutridas devem ser levadas a um pronto-socorro para internação, hidratação endovenosa e outras medidas de suporte de urgência.
Nos casos sem risco imediato, o tratamento é feito com a ajuda de médicos, psicólogos e nutricionistas especializados no tratamento de distúrbios da alimentação.
Não existe uma medicação única para tratamento da Anorexia Nervosa. Porém, alguns antidepressivos e outras medicações psiquiátricas podem ajudar a aliviar a depressão e a ansiedade.
Na verdade, um dos maiores desafios ao tratar a Anorexia Nervosa é o fato da pessoa não aceitar o tratamento ou não enxergar sua necessidade. Muitas pessoas que sofrem de Anorexia dizem que ela é um "estilo de vida", e não consideram a má-alimentação uma doença.
Até mesmo para aqueles que desejam o tratamento, a Anorexia é uma batalha difícil e pode durar toda a vida. Os sintomas podem desaparecer, mas a pessoa afetada permanecerá vulnerável e poderá sofrer recorrências da doença nos períodos de maior estresse.


Bulimia Nervosa



 A Bulimia Nervosa é um Transtorno Alimentar muito difícil de ser diagnosticado pois seus sintomas podem ser confundidos com outras doenças ou muitas vezes nem são levados a sério. A doença se caracteriza  pela ingestão de grandes quantidades de alimentos ( a pessoa come compulsivamente), pouco depois de arrepende de ter comido e acaba auto induzindo vômitos, recorre a uso de laxantes e diuréticos e pratica muitos exercícios de forma exagerada para evitar o ganho de peso.
Muitas pessoas acabam confundindo anorexia e bulimia, a diferença é que  na bulimia pode não haver perda de peso. A doença pode acometer em mulheres jovens, podendo ocorrer  raramente, em homens e mulheres com mais idade.
Sintomas:
  • Vômitos auto-induzidos;
  • Distúrbio depressivo, ansiedade, comportamento obsessivo.
  • Ingestão exagerada de alimentos em um curto espaço de tempo;
  • Uso de laxantes e diuréticos indiscriminadamente;
  • Dietas severas intermediadas por repentinas perdas de controle que levam à ingestão compulsiva de alimentos.
Tratamento:
O tratamento é baseado em acompanhamento de equipe de médico de várias áreas ( nutricionista, psicólogos e médicos ). Em casos com depressão e ansiedade faz-se o uso de medicamentos antidepressivos.


 Fonte: boaSAÚDE.

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