Estresse e Ansiedade




Ansiedade, Estresse e Esgotamento são termos que passaram as ser muito utilizado nos dias de hoje. O uso constante desses termos fez com que as pessoas desconsiderassem a importância que deveriam dar a eles, assim como, deixaram  de interpretá-los de maneira adequada. A vida moderna e o uso inadequado  desses termos afastaram as pessoas da compreensão de que o estresse, o esgotamento  e a Depressão são considerados transtornos emocionais, e claro, merece atenção especial dos portadores. 

O estresse é uma ocorrência fisiológica normal e natural nos seres humanos assim como em outras espécies. O Estresse, em outras palavras,  é uma atitude biológica que predispõe o organismo a  adaptar-se a uma nova situação. Para a medicina o Estresse é uma  ocorrência fisiológica global, tanto do ponto de vista físico quanto do ponto de vista emocional.
 
No físico  o Estresse manifesta-se quando o organismo é submetido a uma nova situação, como por exemplo:  uma cirurgia, um acidente ou uma infecção. Quanto ao emocional, o estresse manifesta-se quando há uma situação percebida como uma ameaça.  No entanto, em ambas as esferas o estresse é uma forma que o organismo encontra para adaptar-se a uma nova situação quando este se encontra em estado de alerta. Sendo assim, podemos observar e dizer  que,  o estresse é um mecanismo indispensável para a manutenção da adaptação à vida.

Assim, se não existisse esse mecanismo que nos coloca em estado de alerta poderíamos supor que nossa espécie não teria evoluído como evoluiu e também não teria  sobrevivido diante às diversas adversidades que encontramos  no curso de nossa existência.

 
Embora nos seja claro hoje que a ansiedade é indispensável e favoreça a adaptação, também devemos considerar que a ansiedade possui um limiar que deve ser respeitado. Pois, é a partir desse ponto limite que ao ser atingido, o estresse, ao invés de contribuir para a adaptação, promoverá o esgotamento e a incapacidade adaptativa.  



Se olharmos para trás, nos primórdios  da ascensão humana, veremos que o mesmo mecanismo que era destinado à sobrevivência da espécie devido ao enfrentamento natural de situações limite que direcionavam o homem à busca de alimentos ou  defesa de si e dos grupos, está presente também nos dias de hoje apesar dos perigos e situações primitivas não existirem mais da forma que existiam antigamente, a capacidade de reagirmos às ameaças está presente em nosso organismo.
 
Nos dias de hoje enfrentamos a competitividade, a segurança social, a busca da competência profissional, o temor da falência econômica entre  muitas outras situações que percebemos como ameaças constantes em nossa vida.

Se, em outras épocas o coração palpitava, a respiração ofegava e a pele transpirava diante de um animal feroz que nos amedrontava, se ficávamos estressados diante da invasão de invasões inimigas, hoje em dia nosso coração também reage de forma semelhante diante do desemprego, dos preços altos, das dificuldades na educação dos filhos, da possibilidade de um futuro incerto, das dificuldades financeiras entre outras situações que nos aflige. Como podemos se observa, nossa ansiedade é continua.

  
A ansiedade  se apresenta  como um mecanismo de defesa, quando percebemos que algo está para acontecer. Nos dias de hoje, em meio a toda correria do dia a dia, vivemos em constante estado de alerta, que nos coloca em situação de constate prontidão para as situações que estão por vir e que nos causa apreensão.

Embora a natureza tenha sido generosa como o ser humano, oferecendo-lhe capacidade para alterar seu curso de sua vida, muitas vezes ele negligencia com sua própria existência, desconsiderando o limiar da ansiedade e do estresse. Quando isso ocorre, e ele não contribui para a recuperação do estado de estresse  ele  caminha para o estado de esgotamento. 
 


O Esgotamento é o estado  onde nossas reservas de recursos para a adaptação se acabam.
O esgotamento provoca uma série de alterações significativas em nosso organismo.
 Tais como:

  
1- alterações significativas nas glândulas supra-renais (produtoras de adrenalina e cortisona);
2- dificuldades no controle da pressão arterial;
3- alterações do ritmo cardíaco;
4- alterações no sistema imunológico;
5-alterações no controle dos níveis de glicose do sangue, entre outras.
   
Em termos psicológicos a ansiedade persistente e  o esgotamento físico e mental, conduzem o indivíduo a um estado de apatia, desânimo, desinteresse, e de uma postura pessimista em relação à vida.
  
O Esgotamento tem origem em duas ocasiões:
1- Quando a situação à qual o indivíduo terá que promover um grande esforço para adaptar-se á um estímulo externo ou interno e este exigir uma intensa  participação emocional de forma continuada.

2. Quando a pessoa não dispõe de uma estabilidade emocional  adequada para adaptar-se a estímulos não tão traumáticos. 
Assim, podemos dizer que:  tanto o esgotamento,  quanto à ansiedade persistente  pode surgir diante de duas circunstâncias: 
1- Decorrente daquilo que o mundo traz à pessoa (Agentes Ocasionais); ou;
2- Decorrente daquilo que a pessoa produz  ao mundo (Disposições Pessoais).
Os sintomas mais comuns da ansiedade são:

 
  1. Tremores ou sensação de fraqueza;
  2. Tensão ou dor muscular;
  3. Inquietação;
  4. Fadiga fácil;
  5. Falta de ar ou sensação de fôlego curto;
  6. Palpitações;
  7. Sudorese, mãos frias e úmidas;
  8. Boca seca;
  9. Vertigens e tonturas;
10. Náuseas e diarréia;
11. Rubor ou calafrios;
12. Polaciúria (aumento de número de urinadas);
13. Bolo na garganta;
14. Impaciência;
15. Resposta exagerada à surpresa;
16. Dificuldade de concentração ou memória prejudicada;
17. Dificuldade em conciliar e manter o sono;
18. Irritabilidade; 


Como se podem observar os sintomas da ansiedade, do estresse e do esgotamento promove um desequilibro no organismo, que quando não percebido e cuidado de maneira adequada poderá levar a sérias complicações  como depressão profunda e outras patologias e não raramente conduzindo a pessoa à morte.  
É dever do ser humano, antes de tudo cuidar de sua saúde e promover ou tentar  promover, uma qualidade de vida adequada para si, e para aqueles que convivem com ele, portanto  é imprescindível ter uma atitude de respeito, coerência e controle consigo e com os demais.


Atualmente as pessoas vivem em um mundo imperfeito onde os níveis de stress são intensos e constantes o que afeta sobre maneira a qualidade de vida. Muitas vezes o indivíduo não consegue evitar reações emocionais, contudo este tem o dever e a responsabilidade de fazer de tudo para cultivar hábitos positivos e evitando os negativos para evitar as doenças físicas e mentais.
  
Assim como a saúde física necessita de uma boa alimentação, Sol, água, exercícios, repouso e higiene e da abstinência de substâncias nocivas, também a saúde mental depende de elementos similares, portanto é importante:
    
- Alimentar a mente com bons hábitos de leitura, ouvir mensagens edificantes e musicas relaxante;
  
- Praticar a arte de exercitar os pensamentos positivos, visualizar o futuro de forma otimista e cultivar a auto-estima e domínio próprios.
  
- Abster-se de pensamentos pessimistas e destrutivos tanto em relação a si como o de outros.
  
Para uma boa qualidade na saúde mental se faz necessário que o individuo considere a possibilidade de:
    
- Ser honesto consigo, ter claro suas capacidades e qualidades sejam elas positivas ou não; 
- Aprender a reconhecer e a expressar suas idéias e sentimentos;
  
- tentar fazer e dar o melhor de si, considerando a importância de ser flexível. 
- Estabelecer metas e objetos de acordo com suas potencialidades, capacidades reais.
  
- Controlar o stresse. Organizar tempo. Estabelecer prioridades e controlar as emoções.
  
- Manter o corpo saudável, promovendo exercícios físicos, alimentando-se adequadamente e repousando o necessário, evitando substâncias nocivas. 
   
Finalizando, uma boa saúde, na sua totalidade, compõem-se por quatro elementos básicos: saúde mental, física, social e espiritual. Estes elementos estão intrinsecamente ligados e são indispensáveis para uma saúde plena. 







Fonte:  PsicNet

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